O escoamento da produção agrícola entre Santiago e Capão do Cipó terá como rota uma rodovia em condições renovadas de trafegabilidade. As obras de recuperação do trecho da RSC-377, que liga os dois municípios, estão em fase final.
Os serviços integram o Programa Restauro, executado pela Secretaria dos Transportes, via Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). As ações abrangem uma extensão de 42,51 quilômetros entre a BR-287 e a ERS-533. Em 85% do trecho, o pavimento desgastado já foi substituído por material novo e a sinalização está revitalizada.
O investimento total é de R$ 20 milhões, com recursos financiados pelo Banco Mundial (Bird).
– Essa é uma obra que reflete a qualidade do que estamos fazendo pelo Estado inteiro. Recuperamos um projeto que estava praticamente abandonado e estamos entregando à região uma grande conquista – afirma o secretário dos Transportes, Pedro Westphalen.
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Segundo ele, a secretaria seguirá em busca de recursos para melhorias da infraestrutura da RSC-377 nos pontos ainda necessários.
De acordo com o diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, as obras estão concentradas no entroncamento com a BR-287, que dá acesso a Santiago. Além da restauração do pavimento, as frentes de trabalho recuperaram o sistema de drenagem da rodovia.
– Como em toda obra que contratamos por meio do Programa Restauro, a população receberá uma estrada em ótimas condições de trafegabilidade e durabilidade – garante Uberti, que assegura que a maioria das rodovias incluídas no programa de recuperação se encaminha para a conclusão e alguns já foram até entregues.
Escoamento da produção
Pela RSC-377 são transportados anualmente cerca de 20 milhões de sacas de soja produzidas pelos municípios da região. A estimativa é do prefeito de Capão do Cipó, Osvaldo Fromer, que celebra os benefícios trazidos pela obra aos agricultores locais.
– Nossos produtores ganham em várias frentes: desde o custo menor dos insumos que chegam às propriedades até o preço diferenciado que é pago pela soja. Com a estrada em boas condições, tem cooperativa pagando de 8% a 10% a mais pelo grão – relata Fromer.
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Segundo o prefeito, a rodovia recebe um trânsito intenso de caminhões de carga, mas a qualidade desse asfalto é muito boa.
Para o produtor Fiorindo Damiosso, 69 anos, a recuperação da RSC-377 garante a entrega da soja com mais agilidade aos armazéns e ao porto de Rio Grande, para exportação. Segundo ele, a viagem de apenas 42 quilômetros entre Capão do Cipó e Santiago demorava até uma hora e meia.
– Hoje, bastam 30 minutos para fazer o trajeto. Não temos mais gastos com pneus ou suspensão dos caminhões. Melhorou bastante – afirma.
* Com informações da assessoria do Daer